enquanto isso, o alpendre faz-me companhia...
E ali estava ela, sentada no alpendre, à espera dele. O sol
começara a descer e já havia uma pequena brisa que a incomodava. Mas ela não
desistia. Queria vê-lo chegar, sentir o seu coração tremer assim que visse a
sua sombra ou ouvisse os seus passos.
O sol pôs-se
e ela não mexia um músculo com medo que o barulho do seu corpo a impedisse de o
ouvir chegar. A lua já beijava as estrelas e ele ainda não tinha chegado.
Interrompendo o seu romance, falou com elas a noite toda.
O sol voltou
de novo e ela, que tinha resistido à gélida noite, ainda estava no mesmo sítio,
à espera de uma promessa antiga: no primeiro dia do mês quente venho para te
beijar. Quando o sol já estava a olhá-la de cima, levantou-se e foi para
dentro.
O sol chorou, as flores
adormeceram e a água calou-se porque tinha morrido mais um amor. Ela voltou
pouco depois com um casaco e sentou-se no mesmo sítio.
perfeito *.* adorei!
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