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A mostrar mensagens de junho, 2012

Sem toalha, sem frio.

Uma conversa sobre o meu medo do mar. Meios a cambalear na areia. Estávamos sozinhos, afastados dos restantes, que durante uns minutos não foram mais do que música de fundo. Não sei quem empurrou primeiro, mas caímos na areia e rimo-nos como dois adolescentes. Como se eu não tivesse acabado de refazer o meu coração e como se tu não tivesses o teu nas mãos. Tinha areia no cabelo e tu lançavas palavras que eu não percebia. E foi tudo ao contrário: pés para cima, cabeça para baixo, não tínhamos toalha e não tínhamos frio. Era de noite e a pouca luz só dava para ver os sorrisos. As gargalhadas ouviam-se a metros. Escrevi todos os pormenores numa folha porque sabia que não te ias lembrar. Podíamos lá voltar hoje. Eu saberia o sítio exato onde decidiste provar-me que eras capaz. Foi há um ano e já me fizeste nadar no mar.

Rabo quadrado, felicidade adiada... pelos exames!

Por entre os livros que já li e os que ainda faltam ler, as folhas soltas que, de tempo a tempo, voam para outro sítio por já não saber onde pertencem, os post-its colados pelo computador, pela mesa, pelas folhas, os cadernos onde faço rabiscos em vão, na esperança de captar algo, paro e tento perceber que sentido fará isto. Estas dores de costas, este tambor na cabeça, o queixume constante a pedido do cansaço. Estas horas – claramente – perdidas, na tentativa de perceber algo que não só não faz sentido agora como provavelmente nunca fará. E fazendo, não já será tarde, porque o exame já terá passado. Depois de já ter mudado de posição na cadeira mais do que muitas vezes, apercebo-me que até ela já se fartou de mim aqui. E tem assistido à contagem: dois cadernos já escritos, três canetas já gastas e quatro promessas de cafés já quebradas. Entre dormir, comer, aulas e estudo, pouco tempo resta. E esse – tão raro – é ocupado a pedir desculpa pelo humor (ou falta dele) ou pelo ner