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A mostrar mensagens de março, 2012

(...) uma maior de coisas ainda melhores.

Sentei-me na estação, à espera de um comboio que não sabia se ia chegar. E quando te pões nesta situação, pensas em tudo menos naquilo em que devias focar a tua atenção. Ao olhar à minha volta vi um rapaz. Bonito. Meio loiro. E comecei a pensar que às vezes há a tentação de pensar "com ele seria mais fácil". Com ele seria tudo do zero, seriam mais dois meses de fantasia - aquela do início, quando tudo é novo. Seriam mais dois meses a ouvir os pássaros cantar no parque - mesmo que chova torrencialmente e tu nem tenhas saído da cama. Há essa tentação. Ele é mais divertido.  NÃO!  Simplesmente ele ainda não sabe os teus defeitos. Ainda não sabe o que o chateia em ti. E apercebo-me que não prefiro isso. As relações de algum tempo, às vezes, tornam-se complicadas e cansativas, porque já sabemos algumas coisas más da outra pessoa. Porque somos forçados - quer queiramos ou não - a aprender algo novo todos os dias. Bom ou mau. Mas eu acho que prefiro isso. Prefiro já ter

Uma cama do nosso tamanho.

Se partires de manhã, dá-me apenas um beijo na testa. Não me acordes. Nunca gostei das tuas costas, muito menos vou querer vê-las uma ultima vez. Um beijo na testa chega para eu perceber que não vais voltar. E foi o melhor beijo que me deste. Um beijo de despedida. Na testa. E eu acordei. E fiquei a pensar quem te acordaria no dia seguinte. Quem te abraçaria na manhã seguinte. Acordei umas horas depois e decidi que ia levantar-me. Que ia ser de ferro e ia ser a mão, o pé, a cabeça, mas nunca o coração. Não hoje. Hoje não quero ser o coração. Dei-te um nome, um dia. Só eu o sei. É ele que te vai abraçar amanhã. Eu não. Eu já não sou o coração. E voltas do nada, como se tivesse sido um sonho, como se nenhuma palavra tivesse voado, nem nenhuma lágrima tivesse teimado em cair. O que eu faço? Arrasto-me para o lado. Estive a aquecer o teu lado da cama. E penso que da próxima vez que me deres um beijo na testa, vou comprar uma cama mais pequena.