Rabo quadrado, felicidade adiada... pelos exames!


Por entre os livros que já li e os que ainda faltam ler, as folhas soltas que, de tempo a tempo, voam para outro sítio por já não saber onde pertencem, os post-its colados pelo computador, pela mesa, pelas folhas, os cadernos onde faço rabiscos em vão, na esperança de captar algo, paro e tento perceber que sentido fará isto.

Estas dores de costas, este tambor na cabeça, o queixume constante a pedido do cansaço. Estas horas – claramente – perdidas, na tentativa de perceber algo que não só não faz sentido agora como provavelmente nunca fará. E fazendo, não já será tarde, porque o exame já terá passado.

Depois de já ter mudado de posição na cadeira mais do que muitas vezes, apercebo-me que até ela já se fartou de mim aqui. E tem assistido à contagem: dois cadernos já escritos, três canetas já gastas e quatro promessas de cafés já quebradas. Entre dormir, comer, aulas e estudo, pouco tempo resta. E esse – tão raro – é ocupado a pedir desculpa pelo humor (ou falta dele) ou pelo nervosismo.

Quando somos pequenos perguntam-nos o que queremos ser quando formos grandes e todos dizemos profissões. Tu também, não inventes! Quando eu tiver um filho, vou ensiná-lo a querer ser feliz.

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