Já escrevi muitas histórias
Já escrevi muitas histórias.
Vício de miúda ou defeito de formação.
Mas tu és a melhor história que escrevo. No presente, claro.
Aprendi contigo a não rever as vírgulas mal colocadas lá para trás e é verdade
que ainda vais tendo de me ajudar a perceber que a minha construção frásica não
é, por vezes, a melhor. Mas admite: é comigo que aprendes a conjugar alguns
verbos no futuro. Eu obrigo-te ou tu vais-te deixando ir, na esperança que eu
me esqueça do que planeei daí a umas páginas.
Tenho por aqui páginas de aventuras distantes e de
distâncias que se tornaram em aventuras; histórias incompletas por culpa de um
copo descuidado. Há romance, drama, comédia, aventura e até musical. Não há
crime. Por enquanto.
É verdade que às vezes fico até cansada da mão, quando a
caneta é pesada e os calos começam a dar de si. Mas uso sempre caneta. Umas
vezes a cor mais trémula, outras com tanta agressividade que quase rasgo a
página.
Mas sempre a caneta, de tantas certezas que nos tenho.
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