Epidemia de moscas,

E foi ali, no café de sempre, que percebi que o amor é como uma mosca. Anda à tua volta a chatear-te. A maioria das vezes ignoras, ou fazes um gesto repentino e brusco que a afasta durante uns instantes. Ela acaba por voltar. Outras vezes tentas apanhá-la, mas quanto mais tentas, mais ela foge. E olha como ela voa para longe. Já reparaste que sempre que a apanhas, ela morre? Ou a tentas agarrar com tanta força que a matas, ou tentas guardá-la eternamente dentro de um copo e ela acaba por morrer sem ar, sem o mundo.
E foi ali, no café de sempre, que percebi que se o amor é uma mosca, vou continuar a sentar-me na mesma mesa, de costas para aquela caixa que mata as moscas, porque para matar o amor já temos muitos aparelhos.

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