Quentinho no peito e arrepio nas costas.

Sem mais nem menos, entrou pela sala, como se fosse um vento que sopra com força. E o efeito nos que lá estavam foi mesmo esse: um incómodo que sabe bem. O cheiro, o jeito de andar, o seu sorriso inocente; tudo incomodava, não deixando ninguém despercebido. Todos a olhavam. Ela fingia ser invisível.
Muito cautelosamente, entrou pela sala, como se fosse um raio de sol. E o efeito foi mesmo esse: um quentinho no peito e um arrepio nas costas. O cabelo despenteado, o à-vontade dos seus movimentos, o seu sorriso tão incomodativo como viciante.  Um silêncio na sala. Ninguém o olhou, só ela. Sozinha, no seu canto, sentiu um quentinho no peito.
O arrepio nas costas sentiu-o quando ele a abraçou.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

(...) uma maior de coisas ainda melhores.

Fora do sítio pode ser arrumado

Eu esperei.