Não vale tudo

Não vale tudo. Há alturas em que não vale tudo. Não vale tudo no amor, nem na guerra. Nem na morte. Ou vale, se pensarmos que tudo pode (deve) ser esquecido e aí passa a valer tudo. Vale a palavra, vale o olhar, vale tudo o que foi proibido.

Mas foi proibido. E deixou de valer. Quando se é proibido, tudo deixa de valer. Deixa de ter valor, portanto. E isso partiu-me. E partiu o que tínhamos.

Sem palavras bonitas, és uma merda. Deixaste que uma amizade de meia vida desaparecesse por proibições. E não vale tudo. E mesmo que volte a valer, o valor foi-se. Muito dele, pelo menos.

És uma merda, porque me obrigas a ser a melhor pessoa que sei e consigo ser. És uma merda porque não acreditaste no valor que havia e aceitaste proibições e agora forças-me a ser boa pessoa. E não mereces. Não mereces mesmo.

E não vale tudo, ouviste? Não vale.

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