No dia em que fores feliz, chama-me. Grita por mim, se for preciso, porque terei todo o prazer em ver um Tu que não conheço. Melhor, no dia em que aprenderes a ser tu, chama-me que eu ensino-te a ser feliz.
Não percebo porque é que tantos temem um 'gosto de ti' fora do sítio. Adiantado ou atrasado, um gosto de ti é um gosto de ti. É uma aprovação da tua pessoa. - Parabéns, trabalhaste o suficiente para te moldares e transformares em alguém agradável ao coração. Eu gosto de horas. De saber a quantas ando. Mas no que a gostos de ti diz respeito, acho que nunca acerto. E não acho que venha mal ao mundo por isso. No final de contas prefiro ficar com uma conta gigante de gostos de ti fora do sítio do que não ter nenhum.
Esperei por ti como quem espera por uma criança que insiste em subir as escadas agarrada ao corrimão, sem ajuda. Esperei por ti como quem espera por uma carta que sabe que só chega daqui a 3 dias. Não interessa como. Eu esperei.
Sentei-me na estação, à espera de um comboio que não sabia se ia chegar. E quando te pões nesta situação, pensas em tudo menos naquilo em que devias focar a tua atenção. Ao olhar à minha volta vi um rapaz. Bonito. Meio loiro. E comecei a pensar que às vezes há a tentação de pensar "com ele seria mais fácil". Com ele seria tudo do zero, seriam mais dois meses de fantasia - aquela do início, quando tudo é novo. Seriam mais dois meses a ouvir os pássaros cantar no parque - mesmo que chova torrencialmente e tu nem tenhas saído da cama. Há essa tentação. Ele é mais divertido. NÃO! Simplesmente ele ainda não sabe os teus defeitos. Ainda não sabe o que o chateia em ti. E apercebo-me que não prefiro isso. As relações de algum tempo, às vezes, tornam-se complicadas e cansativas, porque já sabemos algumas coisas más da outra pessoa. Porque somos forçados - quer queiramos ou não - a aprender algo novo todos os dias. Bom ou mau. Mas eu acho que prefiro isso. Prefiro já ter
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